Em meio ao seleto grupo de expoentes que representam o Techno nacional em alto nível, tarter vem fortalecendo seu nome pelo Brasil em diversos aspectos. DJ performer com uma apurada desenvoltura em estilo híbrido de apresentação, ele também é produtor musical de mão cheia e instrutor de produção, apaixonado por tecnologia e responsável por trazer para o Brasil o MODEL1 da PLAYDifferently

Com lançamentos a todo vapor no ano passado, vemos que este ano de 2021 não será diferente. Tarter acaba de abrir o seu ano produtivo com um ótimo EP pela gravadora catarinense Prototype, celebrando sua paixão pelos beats do Techno e pela tecnologia. Conversamos com o artista para conhecer mais detalhes de sua carreira como produtor, inspirações, tendências, novidades e seu mais novo EP Technoactivity. Confira:

Olá, tarter! Tudo bem? Seu nome figura como um dos principais expoentes do Techno nacional, sobretudo nos últimos anos. Como você vê a evolução da representatividade do Techno brasileiro no cenário internacional?

Olá amigos, obrigado pelo espaço e pelas palavras, fico muito feliz em ter esse reconhecimento por uma linha de som que sempre levantei a bandeira, muito antes até de me tornar DJ.

É excelente ver que cada vez mais estamos exportando grandes talentos para o mundo, a dedicação e o acesso à informação, principalmente durante a pandemia, ajudaram muito que nós artistas tivessem acesso a conteúdos para elevar nosso nível de produção e conseguir chegar aos grandes players e gravadoras do mundo todo. 

Me lembro quando estava iniciando na produção musical e almejava grandes suportes, via o quanto era difícil se inserir na cena internacional, e graças a nomes como Wehbba, Anna, Victor Ruiz, que quebraram a barreira lá trás, o Brasil começou a ser visto com outros olhos.

E especialmente para você, como tem sido o momento de produção musical?

Eu tive um período de mudança de foco de 2017 até 2019, começamos pela abertura da Urban Soul, passando pela montagem do meu live act e, após isso, a dedicação ao projeto MODEL1, setup híbrido, workshops e tudo mais, e isso influenciou a minha ausência no estúdio. Também montei um planejamento onde a cada ano, a partir de 2020, eu iria lançar menos e cada vez mais me dedicar 100% a cada release, busquei aperfeiçoar as técnicas de produção nesse período e comecei a executar o planejamento de lançamentos para 2020/2021 e 22.

Sabemos que você é um artista que acompanha as tendências da tecnologia, quais as últimas novidades que você tem incorporado em seus trabalhos de estúdio?

Estou trabalhando em um projeto que ainda é secreto, mas que iremos incorporar ao workflow no estúdio e também na discotecagem, venho estudando há mais de um ano sobre algumas tecnologias e em breve apresentarei o protótipo de algo muito legal a vocês!

Sua assinatura traz uma combinação de elementos das diversas vertentes do Techno, quais são as características que você considera imprescindíveis e que não podem faltar em suas produções?

Gosto de trabalhar na produção musical em projetos com pouco elementos, mas que todos se conversam, acredito que isso vem muito do jeito que me apresento, usando vários canais e pedaços de músicas ao mesmo tempo, me faz criar projetos que lá na frente já visualizo encaixando com outras partes de músicas minhas ou de outros artistas, sou apaixonado por elementos de bateria em evidência. O snare é um deles.

Sobre seu último EP, Technoactivity, pela Prototype, conte para nós como foi o processo de produção deste lançamento e qual a experiência de ter suas faixas remixadas por quatro novos nomes do cenário nacional?

Fiz durante a pandemia, começando com a faixa “Voices of Technologies”. Um dia eu estava sem inspiração no estúdio e veio a notificação de uma live no instagram do Richie Hawtin, fiquei assistindo e me veio a ideia de captar o áudio dele falando, após esse gatilho voltei a produzir no outro dia e inseri esse áudio como vocal. A “Technoactivity” veio da inspiração dos sets que assisti da Adiel durante a pandemia, pensei em uma track que serviria para esse tipo de artista, e o resultado foi aquele.

Os remixes eu me atentei a um detalhe que mais uma vez, vem de inspiração do Richie Hawtin, me preocupei em dar oportunidade a novos artistas, com muito talento mas pouco conhecidos, cada um com sua característica musical. O EP completo atinge todos os gostos voltados ao techno.

Sobre o futuro, o que podemos esperar do tarter neste ano de 2021?

Muito estudo, aproveitar os meses que restam em casa devido a pandemia para adiantar muita coisa no estúdio, continuar criando conteúdo e dando aulas  de mentoria, preparando meu novo live híbrido, live act e meu primeiro álbum.

Para o segundo semestre começar a pôr em prática as prospecções que estamos fazendo e tentar levar meu trabalho atual ao máximo de pessoas na vida real pelo Brasil, preparando o terreno para a primeira tour internacional no primeiro semestre de 2022.

Muito obrigado pelo espaço turma. 🙂

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